O Muro de Berlim
A Divisão da Alemanha
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Após a Conferência de Postdam, a Alemanha eram controlada por um governo denominado de “Consulado de Controle Aliado” que visava a descentralização de poder e terminar qualquer traço restante do nazismo (denazificação).
Em Berlin, haviam-se formado dois setores de predominação diferente: o Oeste (ocupado pelos americanos, britânicos e franceses) e o Leste (ocupado pelos soviéticos). O lado Oeste acabou se fundindo em 23 de Maio de 1949, formando a República Federal da Alemanha. O lado Leste acabou se tornando na República Democrática da Alemanha, em 7 de Outubro de 1949.
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Estabeleceu-se um regime socialista amplamente controlado pela União Soviética. Em Junho de 1953, após a morte de Stalin, dá-se a violenta repressão da Revolta de 1953 na Alemanha Oriental. Este fato fez com que cerca de três milhões de habitantes da Alemanha Oriental fugissem para a Alemanha Ocidental. Foi declarada totalmente soberana em 1954. Tropas soviéticas continuaram no terreno com base nos acordos de Potsdam, tendo em vista contrabalançar a presença militar dos Estados Unidos da América na República Federal Alemã durante a Guerra Fria. A RDA foi um membro do Pacto de Varsóvia.
A capital da Alemanha Oriental manteve-se em Berlim, enquanto que a capital da RFA foi transferida para Bonn. No entanto, Berlim foi também dividida em Berlim Ocidental e Berlim Oriental, com a parte ocidental controlada pela RFA, apesar de a cidade estar totalmente situada em território da RDA. Esta divisão foi reforçada pela construção do muro de Berlim entre 1961 e 1989.
Alemanha Ocidental
Alemanha Ocidental era o nome com o qual ficou conhecida a República Federal da Alemanha entre 1949 e 1990. O Estado foi constituído a partir de três das Zonas de ocupação aliada da Alemanha, na sequência da Segunda Guerra Mundial. A outra zona de ocupação, soviética, constituiu um estado à parte conhecido como Alemanha Oriental. A Alemanha Ocidental também era freqüentemente referida pela sigla RFA em oposição a RDA, a Alemanha Oriental.
Antes da década de 1970, a posição oficial da Alemanha Ocidental quanto à existência da Alemanha Oriental, de acordo com a Doutrina Hallstein, era de que o governo alemão-ocidental era o único democraticamente eleito e, por conta disso, representante legítimo do povo alemão, e qualquer país (com a exceção da URSS) que reconhecesse a existência da Alemanha Oriental teria relações diplomáticas cortadas com a Alemanha Ocidental.
No início dos anos 1970, a Ostpolitik de Willy Brandt levou ao reconhecimento mútuo entre as duas repúblicas. O Tratado de Moscou (de agosto de 1970), o Tratado de Varsóvia (de dezembro de 1970), o Acordo dos Quatro Poderes de Berlim (de setembro de 1971), o Acordo de Trânsito (de maio de 1972), e o Tratado Básico (de dezembro de 1972) ajudaram a normalizar as relações entre os dois países fazendo com que ambos se juntassem à ONU.
A queda do Muro de Berlim significou o marco da queda da Alemanha Oriental, que foi anexada à Alemanha Ocidental. A Alemanha de hoje é o mesmo Estado (mantém o nome de República Federal da Alemanha) agregando o território da antiga República Democrática Alemã. Os dois Estados adotaram a mesma moeda e alfândega em julho de 1990, a Alemanha Oriental foi dissolvida e anexada à República Federal da Alemanha finalizando a divisão oeste-leste, onde também foi perdido o sentido em refererir-se à ela como "ocidental", bastando apenas o nome de Alemanha.
Conferência de Potsdam
(Ocupação militar na Alemanha)
Na Conferência de Potsdam (de 16 de julho à 2 de agosto de 1945), após a rendição alemã da segunda guerra em 8 de maio de 1945, os Aliados dividiram o que era então determinado de “Zona de Ocupação Germânica” em quatro zonas de ocupação militar – Francesa no sudoeste, Britânico no Noroeste, Norte Americano no Sul e Soviético no Leste. O objetivo desta divisão era incorporar tratados de paz a fim de retardar efeitos pós-guerra.
Os principais participantes da conferência eram Josef Stalin (representante da USSR), Winston Churchill(representante da Inglaterra, que foi substituído posterior mente por Clement Attlee devido eleições britânicas) e Harry Truman (representante dos EUA).
Consequências da Conferência de Potsdam
- Reversão de todas as anexações Alemãs na Europa após 1937 e a separação da Áustria da Alemanha.
- Estabelecimento dos objetivos da ocupação da Alemanha pelos Aliados: desmilitarização,denazificação, democratização e descartelização.
- O Acordo de Potsdam, que denunciava a divisão da Alemanha e da Áustria em quatro zonas de ocupação (anteriormente decidido na Conferência de Ialta), e a similar divisão de Berlim e Viena em quatro zonas (americana, britânica, francesa e soviética). Posteriormente, em 1961, a zona soviética seria isolada das demais pelo Muro de Berlim.
- Julgamento dos criminosos de guerra Nazis.
- O estabelecimento da fronteira da Alemanha com a Polônia nos rios Rio Oder e Neisse ("linha Oder-Neisse").
- A expulsão das populações Germânicas permanecentes fora das fronteiras da Alemanha.
- Acordo sobre as indenizações de guerra. Os Aliados estimaram as suas perdas em 200 bilhões ou 200 mil milhões de dólares. Após insistências das forças ocidentais (excluindo assim a URSS), a Alemanha foi obrigada apenas ao pagamento de 20 bilhões ou 20 mil milhões, em propriedades, produtos industriais e força de trabalho. No entanto, a Guerra Fria impediu que o pagamento se processasse na totalidade.
- Stalin propôs que a Polônia não tivesse direito a uma indenização direta, mas sim que tivesse direito a 15% da compensação da União Soviética (esta situação nunca aconteceu).
Os Aliados editaram a Declaração de Potsdam que ultimou os termos de capitulação do Japão.
Todos os outros assuntos seriam tratados na conferência de paz final, que seria convocada assim que possível.
Enquanto que a fronteira entre a Alemanha e a Polónia foi praticamente determinada e tornada irreversível através da transferência forçada de populações, facto acordado em Potsdam, o Ocidente queria que na conferência final de paz se confirmasse a linha Oder- Neisse como marco permanente. Dado que a II Guerra Mundial nunca foi terminada com uma Conferência de Paz formal, a fronteira Germano-Polaca foi sendo confirmada com base em acordos mútuos: 1950 pela República Democrática Alemã, 1970 pela República Federal Alemã e em 1990 pelaAlemanha já reunida. Este estado de incerteza levou a uma grande influência da União Soviética sobre a Polónia e Alemanha.
Os aliados ocidentais, especialmente Churchill, mostraram-se desconfiados das jogadas de Stalin, o qual já tinha instalado governos comunistas em países da Europa Central sob sua influência; a conferência de Potsdam acabou por ser a última conferência entre os Aliados.
Durante a conferência, Truman mencionou a Stalin uma "nova arma potente" não especificando detalhes; Stalin, que ironicamente já sabia da existência desta arma muito antes ainda de Truman saber da mesma, encorajou o uso de uma qualquer arma que proporcionasse o final da guerra. Perto do final da conferência foi apresentado ao Japão um ultimato (ameaçando uma "rápida e total destruição", sem mencionar a nova bomba), e após o Japão o ter recusado foram lançadas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki a 6 e 9 de Agosto, respectivamente. Truman tomou a decisão de usar armamento atômico para acabar com a guerra enquanto esteve na conferência.